O passado bateu-me a porta mas eu não abri
fechei-me entre 4paredes e descobri
os sonhos a destruírem-se que eu próprio destruí
os sentimentos a irem ao meu encontro e eu fugi
Confessei-me sobre canetas e folhas rasgadas
chorei entre linhas e magoas passadas
magoei pessoas que estavam magoadas
violei regras que não deviam ser violadas
Transportei bocados do meu passado
construí vida sobre o meu passado
desenterrei coisas do meu passado
e enterrei vidas do meu passado
Peguei na minha imaginação e comecei a voar
pensamentos a passarem-me na mente olhando pro mar
rezava sem sequer me confessar
e amei sem sequer me amar
Acreditei sem sequer acreditar
alucinei sem saber como alucinar
apaixonei sem saber apaixonar
e cai mas sempre para me levantar
Quando morrer será que me vão dar valor?
será que se lembraram de me por uma flor?
será que vão rezar e sentiram amor
ou de tanto rezar só sentiram rancor
Quando morrer esqueçam os meus feitos
se perguntarem com era falem dos meus defeitos
se me ofenderem digam que nem todos são perfeitos
e espero que os meus reals me guardem nos seus peitos
Vou para o paraíso? pensaria que sim se não fizesse só porcaria
faltar ao respeito e mal tratar quem não deveria
ajudar inúteis e deixar afundar quem me ajudaria
e magoei corações com palavras cruéis sem fazer apontaria
Comecei vários Pai Nossos e fiquei a meio da reza
tentava rezar varias avé marias e ficava a meio da reza
pensei conquistar sentimentos mas só arranjava frieza
e no sitio do coração deixei uma pedra de gelo a espera que alguém aqueça
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